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Welington Peixoto pede vistas do Plano Diretor para debater adensamento

Projeto deve ser votado em plenário somente depois das eleições, em novembro, conforme acordo com MP

Welington Peixoto pede vistas do Plano Diretor para debater adensamento

O Plano Diretor de Goiânia, que tramita desde 2017, será votado somente após as eleições. Além disso, nessa quinta-feira (24), ocasião em que seria apreciado na Comissão Mista, o líder do governo na Câmara, Welington Peixoto (DEM), pediu vistas e foi seguido por outros parlamentares.

Segundo Welington, houve conflito sobre o adensamento, após repercussão na mídia. “E diante da dúvida, preferimos averiguar, sentar com os vereadores, a prefeitura e chegar a um consenso.”

Destaca-se que, na quarta-feira (24), foi publicado pelo O Popular que a área urbanizável da cidade poderia crescer até 27,37%, graças a uma emenda apresentada por um grupo de vereadores – eles, contudo, solicitaram a retirada das assinaturas após o pedido de vistas. O valor é calculado em cima dos já previstos 4% de aumento da área urbana (do projeto original), o que geraria o montante de 32,68%.

Transparência

Welington faz questão de ressaltar que foi dada total transparência no projeto. Agora, com o pedido de vistas, o intuito é ver essas questões de adensamento e outras mais que surgirem.

“Eu defendo a expansão com responsabilidade. Prefiro expandir do que adensar, dando condições das empresas se estabelecerem”, disse. Sobre a diferença, o parlamentar explica que expandir diz respeito a casas horizontais, enquanto “adensar é prédio”.

“Existem áreas rurais de frente a áreas urbanas. Isso acontece ao lado do conjunto Irisville, saída para Bonfinópolis. Não justifica”, exemplifica.

Emendas e projeto

O relator do projeto cabo Senna (Patriota) acatou todas as emendas – mais de 150. Segundo Peixoto, a situação é natural. “Inclusive, tiramos nove de 13 propostas de adensamento no setor Marista, por emenda. O que os vereadores não concordarem podem retirar na Comissão Mista e no Plenário, ainda.”

Vale lembrar, que o projeto foi encaminhado depois de cerca de um ano e meio de preparação. Ele chegou à Câmara em julho de 2019 e ficou seis meses na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, depois, passou para a Comissão Mista, onde está agora.

Passado o pedido de vistas, ela deve ir para plenário somente após 15 de novembro, data da eleição municipal. A questão foi acordada com o Ministério Público de Goiás (MP-GO).