Eleições 2024: Zacharias Calil vê Caiado no ‘caminho certo’ em Goiânia, mas cobra definição de nome
Deputado federal prioriza Senado, em 2026, mas avalia cenário de 2024
Cotado para a disputa da Prefeitura de Goiânia, em 2020, o deputado federal Zacharias Calil (União Brasil) acompanha de forma discreta as movimentações da base aliada para as eleições municipais na capital, em 2024, mas faz ponderações sobre o pleito: o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) está no “caminho certo” para a disputa mas não deve demorar na definição do nome que encabeçará o projeto.
Quatro anos depois, Zacharias Calil reforça que seu projeto está no Senado Federal, em 2026. “Minha situação não mudou. Sou pré-candidato ao Senado, pelo União Brasil ou por outro partido da base caiadista. Alguns partidos aliados já me convidaram para filiação”, destacou.
Para 2024, no entanto, Calil fala que Caiado tem os predicados necessários para viabilizar um bom nome em sua base. “Eu acho que o governador está no caminho certo. Ele hoje é considerado o maior nome da política nacional entre os governadores. Ele tem tudo na mão, quem ele apoiar será o provável prefeito”, destaca.
A falta de um nome definido, seis meses antes do ínicio oficial do período eleitoral no entanto, preocupa o parlamentar. “Tudo bem que eleição a gente ganha no dia, mas eu acho que ele tem um bom caminho pela frente. Tem que ter nome… Quais seriam os nomes que ele pretende apoiar para ver como será o trabalho durante o período da pré-campanha”
Ele reforça a tese adotada pelo deputado federal Rubens Otoni (PT) que destacou ser um trunfo do PT a demora na base governista em não viabilizar o nome “Pelo menos até agora não surgiu um nome que pudesse concorrer. De que maneira ele [Caiado] vai trabalhar nesse sentido, eu ainda não conversei com ele. Com certeza deve ter algum nome com experiência com gestão. Isso é importante.”, pontua.
Zacharias Calil defende “candidato que conheça Goiânia”
Seja quem for, Zacharias reforça a tese de que o candidato da base conheça bem a capital. “Também é importante ser um candidato que conheça Goiânia. Não adianta vir de fora, trazer secretários de outros estados. Tem que ser alguém de Goiânia que saiba os problemas da população”, salientou.
Não se trata-se de um recado ao prefeito Rogério Cruz (Republicanos). Na realidade, Zacharias pontua que a administração do prefeito não vai bem. “A própria pesquisa do Mais Goiás mostra que o índice de rejeição do Rogério Cruz é alto. Não sou eu quem tô dizendo. Ele trouxe um secretário de Saúde que veio de São Paulo e não conhece a realidade do nosso dia-a-dia”, pontuou.
Tampouco é um recado ao ex-prefeito de Trindade, Jânio Darrot, também cotado para a disputa pela base caiadista. “O Jânio Darrot é de Goiânia, Darrot foi meu contemporâneo de faculdade. Ele mora em Goiânia, ficou um tempo em Trindade, foi prefeito, abriu empresas e há uma série de situações que ele mantém lá. Mas ele construiu uma goianidade e ele construiu isso”
Zacharias também vê uma dificuldade imensa em Caiado apoiar o senador Vanderlan Cardoso (PSD). Ao Mais Goiás, Cardoso destacou que não descarta um diálogo com o governador. “Vanderlan deixou muita marca em relação ao seu posicionamento. Ele mesmo reconhece que está isolado. As pessoas no mundo político não confiam muito em suas posições. Agora mesmo cogita apoiar Adriana Accorsi esperando um apoio em 2026”, pondera.
O deputado federal avalia que conhece pouco Bruno Peixoto mas que seu recuo pode ser uma estratégia interessante no processo eleitoral. “Tenho pouca convivência. O conheço como político. Não sei a sua experiência de gestão. Eu acho que às vezes a gente tem de recuar para se reorganizar e avaliar qual a maneira vamos trabalhar”, salienta “É igual o livro A Arte da Guerra, quando você começa a sentir que está em perigo, você recua e traça novas estratégias para entrar em campo de batalha”, completa.