Esta habilidade é fundamental para o comunicador eficaz na era digital
Já se perguntou qual habilidade é necessária para ser um comunicador bem-sucedido na era digital?…
Já se perguntou qual habilidade é necessária para ser um comunicador bem-sucedido na era digital?
Sete anos atrás, comecei a sentir um certo incômodo em relação à minha carreira. Naturalmente, costumo me definir como uma pessoa “inconformada”, que busca sempre uma novidade em termos de conhecimento. Mas, naquela época, atuava na redação da Record TV havia quase 6 anos, me sentia muito segura e já era respeitada na função de editora de texto e cultivava boas amizades, o que fazia do ambiente de trabalho – a priori estressante como tinha que ser uma TV – um lugar bem divertido.
Desde o fim da faculdade, em 2007, havia feito dois cursos rápidos apenas, mas sentia uma sede imensa por descobrir o que havia além da redação. Tive então a oportunidade de trabalhar numa instituição de ensino, muito reconhecida por cursos de pós-graduação.
No dia a dia do ambiente business, vendas, marketing, atendimento, liderança, senti-me uma analfabeta do conhecimento necessário para atuar naquela nova empreitada. A gota d’água era quando eu, jornalista de redação por tantos anos, participava de reuniões com equipes de marketing e comercial: “B2B, B2C, PDV, Mix de Marketing, Estratégias de Captação de Leads, Prospects, script de vendas, contorno de objeções”.
Tudo aquilo era inquietante e me fez perceber que a comunicação era um horizonte amplo, muito além do tradicional jornalismo. O que me faz lembrar hoje da frase de Eduardo Galeano: “Quando tínhamos todas as respostas, mudaram as perguntas”. Ou então do título do livro de Dado Schneider “…o mundo mudou bem na minha vez…”.
Então, “um belo dia resolvi mudar”. Comecei por livros, palestras, congressos, cursos rápidos e os tão famosos MBAs – Master in Business Administration. Para cada desafio nessa nova empresa, resolvi devolver não com conformidade, e sim com um curso para me enriquecer.
Comecei pelo de Marketing e Inteligência Competitiva. Foi então que formei a base de um vocabulário básico, porém inexistente naquela altura e que era elementar para a desenvoltura na nova área: 4 Ps do Marketing, Philip Kotler, Suplay Chain, Prosumers, Branding, CRM etc.
O universo digital, nos anos de 2013, fervilhava. As mídias digitais eram uma coqueluche e eu lembrava sempre de como era necessário o desafio. Então, resolvi entrar em mais um curso de pós-graduação com a pegada de MBA: Comunicação Empresarial e Mídias Digitais. E lá vieram mais aprendizados, pessoas e networking valiosos!
Em paralelo, eu assumia o desafio de estruturar o setor de comunicação da empresa, tendo como base a Assessoria de Imprensa para promover a marca da instituição de forma a construir uma autoridade e agregar valor aos produtos, que eram os cursos. Formar uma equipe nova era uma das demandas prioritárias.
E novamente, veio a sensação de que precisava de mais “substrato”, de mais conhecimento. Foi então, que quase na reta final do primeiro curso, resolvi encarar o terceiro MBA: Liderança e Gestão Organizacional. Precisava entender de estratégia, execução, planejamento, motivação de pessoas, metas, propósito e sentido!
Como cenário, um gestor novo assumiu a diretoria da qual minha equipe e eu fazíamos parte – Diretoria Comercial e Marketing. E tudo que já havia sido consolidado enquanto processos de trabalho em dois anos na empresa, começava a ser questionado. Métricas em Comunicação? Como encontrar um parâmetro que fosse capaz de aliar o intangível à comercialização de cursos?
Quando MBAs, nem livros, nem vídeos ou palestras foram suficientes para resolver a minha dor, decidi tentar um contato com uma autoridade em comunicação no País, o autor de livros, doutor em comunicação e experiente comunicador Jorge Duarte.
Fui extremamente bem acolhida e, com muita objetividade, própria do Jorge (devo dizer que mais tarde ele se tornou um contato profissional frequente em minha trajetória profissional), que “a comunicação é como a água”, as pessoas só reconhecem sua utilidade e importância, quando falta.
A partir de muitos insights e de uma ajuda do mestre, que a propósito foi minha principal referência na monografia da Faculdade de Jornalismo, comecei a ligar os pontos e traçamos metas que convenceram a Diretoria e que colocaram a equipe na engrenagem daquele universo. Isso resultou em aproveitar os talentos de cada um deles e mostrar-lhes que é possível sim mensurar os resultados do trabalho diário.
Pra encerrar, fica a dúvida: a inconformidade acaba aqui nessa história? Claro que não! A moral é que realmente Alvin Toffler – pensador a frente de seu tempo – tem mais do que nunca razão quando dizia que no século atual analfabetas são as pessoas que não têm habilidade de aprender, reaprender e desaprender. Vamos em frente!