Far Cry 5: mesma fórmula, novo cenário

Em menos de dois minutos um jogador testando Far Cry 5 na Brasil Game Show (BGS) em São Paulo irá perceber que o game possui a mesma jogabilidade de Far Cry 3 e 4. O que ele vai perceber também é que ele está se divertindo horrores.

A demo estável disponível na feira deixa o jogador livre para liberar um dos campos iniciais do jogo e, se tiver tempo, seguir para a missão seguinte. Embora o jogo repita a fórmula dos games anteriores, o cenário americano e a missão de matar fanáticos religiosos ao som de country evitam que o jogo pareça requentado.

Na verdade, a sensação que tive é que a Ubisoft teve uma boa noção de timing. Far Cry 4 saiu na rabeira do sucesso multiplataforma de Far Cry 3, game que reconstruiu a atual mecânica da franquia. Por causa disso, Far Cry 4 foi bem sem graça e dolorosamente repetitivo e genérico comparado à inovação do game anterior.

Far Cry 5, por outro lado, parece ter vindo em um bom momento, deixando a franquia respirar. A graça da demonstração foi, inclusive, pensar nas maneiras diferentes de se infiltrar na base inimiga e eliminar os fanáticos hostis. E opções abundavam: suba em uma caixa d’água e tente acertar todos; exploda um caminhão de combustível passando bem na frente da igreja na hora certa; chame um dos três personagens companheiros para te ajudar ou distrair os alvos; pegue um taco de beisebol, chegue por trás e acabe com todos silenciosamente ou, se quiser, brinque de Rambo.

Todas as opções ofereceram desafios diferentes, prós e contras diferentes. Foi muito divertido. A demo serviu para mostrar que, pelo visto, a fórmula de mapa aberto e dominação de bases da franquia talvez não esteja esgotada: talvez a Ubisoft só precisa de mais tempo para desenvolver um level design mais encorajador.

*O repórter viajou à convite da Team One E-Sports.