BGS 2016

Gwent: jogo de cartas de The Witcher chama atenção

CD Projekt Red conseguiu desbancar grande parte da concorrência no salão

Em meio aos stands enormes das gigantes Ubisoft, Microsoft e Sony, a polonesa CD Projekt Red ergueu o seu próprio com apenas um único jogo e de proporções consideravelmente pequenas: Gwent, a versão completa do jogo de cartas presente em The Witcher 3: Wild Hunt.

Embora usar um espaço tão grande para trazer um jogo tão pequeno – Gwent será lançado em todas as plataformas, inclusive móveis, gratuito para jogar – a CD Projekt pareceu ter feito uma escolha sábia para a sua primeira BGS.

Ainda sem ter nada pronto para mostrar do seu novo jogo Cyberpunk 2077, Gwent se saiu super bem. Com apenas um jogo básico, ele conseguiu ser a terceira maior fila do evento, mesmo oferecendo cerca de 30 a 40 computadores simultâneos rodando o jogo.

Isso é um feito extraordinário: primeiro porque nas outras filas as pessoas estavam competindo por oito computadores em Horizon Zero Dawn – maior fila do evento – e 20 em Call of Duty: Infinite Warfare.

Outro fator em seu favor foi ter trazido o jogo praticamente completo. Programado para entrar em beta ainda em setembro, Gwent está virtualmente finalizado e mais: localizado.

Na demonstração da BGS, os poloneses não estavam para a brincadeira e trouxeram baralhos das quatro facções disponíveis no jogo com quase toda a interface e cartas traduzidas para português brasileiro.

Mesmo com partidas rápidas, a fila estava facilmente dando duas voltas no stand nos horários mais movimentados desde sexta-feira (2). Além disso, o jogo estava rodando liso, como esperado, em partidas 1×1 com seus amigos ou desconhecidos do evento.

O jogo é igual ao apresentado em The Witcher 3, mas com uma arte muito mais elaborada, jogabilidade mais profundas e algumas novidades. Porém, a jogabilidade central de uma partida melhor de três, com acúmulo de pontos e cartas de infantaria, cerco, arqueiros e cenário permanece.

Isso foi o bastante para atrair praticamente todos os jogadores da BGS, inclusive muitos que nunca tinham ouvido falar em Gwent ou The Witcher e outros que até conheciam o jogo, mas não tinham dado muita importância para ele no jogo base.

No meio dos games, a Red é conhecida por ser uma “empresa boa praça” e é muito querida pelos fãs. Pela BGS, foi possível ver que esta máxima é real também para o Brasil.

Enquanto outras fabricantes trouxeram diversos lançamentos de grande porte, títulos aguardados que só serão lançados ano que vem, dezenas, talvez centenas de visitantes preferiram sacrificar preciosas horas de seus ingressos para jogar partidas curtas de dez minutos de Gwent.