BGS 2017

Gwent Masters: CD Projekt já tem planos para cenário profissional em 2018

No ano passado, a CD Projekt Red trouxe Gwent, o jogo de cartas de The Witcher, para…

No ano passado, a CD Projekt Red trouxe Gwent, o jogo de cartas de The Witcher, para a Brasil Game Show (BGS), em São Paulo, meses antes do beta fechado, em primeira mão. Agora, a BGS também foi palco de um campeonato licenciado valendo pontos para o cenário profissional do jogo e para uma demonstração exclusiva para a imprensa de Thronebreaker, campanha single player que deve ser lançada no ano que vem.

Na apresentação, nada de fotos ou filmagens. Os representantes da CDPR mostraram, primeiro, os planos para o cenário competitivo de Gwent. Se você é bom no jogo, vale a pena ler com atenção: o campeonato mundial terá premiação de US$ 250 mil.

A competição oficial será dividida em três fases: Gwent Open, Gwent Challenger e Gwent World Masters. Para competir nestes campeonatos principais, o jogador terá que ficar entre os 200 melhores do mundo sem separação por país ou plataforma.

Para entrar no ranking, os profissionais irão jogar em um modo competitivo separado do jogo casual e competitivo comum. Esse modo será dividido por temporadas e irá se chamar Pro Ladder. Jogando no Pro Ladder, ao final de cada temporada, o jogador acumulará “coroas”. As coroas serão o medidor para definir este ranking profissional.

Com o Pro Ladder o jogador poderá se classificar para os torneios e, por sua vez, nos torneios conquistar mais coroas, abrindo portas para as fases mais avançadas. Isso vale também para torneios da comunidade e menores licenciados pela CDPR, como a BGS Cup, rolando durante este final de semana em São Paulo.

As competições principais serão em cidades diferentes e em pessoa enquanto toda a parte classificatória será feita remotamente mesmo. A CDPR inclusive informou aos jornalistas que para os torneios cara a cara o estúdio irá arcar com as despesas de viagem dos competidores.

A primeira fase é o Gwent Open, com oito torneios anuais e prêmio de US$ 25 mil com participantes do Pro Ladder e final com 8 jogadores. A segunda fase é o Gwent Challenger com a participação de convidados, jogadores do Pro Ladder e participantes vencedores de outros Challengers e Opens.

O Challenger terá quatro torneios anuais com premiação de US$ 100 mil e final com oito jogadores. É se classificando bem nos Challengers que os melhores do mundo conseguirão as vagas para o Gwent World Masters, com os 10 melhores do mundo com premiação de US$ 250 mil.

No Pro Ladder e nestas competições, os jogadores interessados em se tornarem profissionais terão que se inscrever com pelo menos quatro decks diferentes e terão que se provar proficientes em todas as facções do game.

A nova temporada e primeira já valendo no mundo inteiro e em direção ao primeiro World Masters começa em janeiro de 2018, então já pode preparar o seu baralho.

Thronebreaker

Além do cenário profissional, a CDPR também apresentou o começo da campanha de Gwent: Thronebreaker, primeira campanha single player do jogo. Segundo o estúdio, a aventura da rainha Meve de Rívia e Líria terá tantas escolhas e consequências quanto os RPGs com Geralt e isso foi mostrado na demonstração.

Logo no começo Meve chega a uma vila em que os camponeses são suspeitos de terem ajudado um grupo de bandidos a matar e a roubar um conde. O jogador pode escolher deixar os camponeses em paz, chicoteá-los ou forçá-los a se alistar em seu exército. Cada uma das decisões tem um efeito duradouro no jogo.

Embora todas as batalhas sejam travadas em Gwent, fora de combate o jogo funciona muito mais como um jogo de estratégia clássico, especialmente Heroes of Might & Magic.

O jogador explora o mapa usando Meve, encontra tesouros e recursos valiosos, bandidos, monstros e inimigos, ao mesmo tempo em que também levanta acampamentos em que pode realizar diversas ações de aprimoramento.

No acampamento o jogador pode criar novas cartas de infantaria e de cerco, melhorar atributos e conversar com os vários personagens que você encontra pelo caminho. Estes personagens, inclusive, podem discordar da rainha, traindo-a ou abandonando-a. Da mesma forma, se o jogador for descuidado, eles podem morrer em combate, levando consigo suas tropas, bônus e vantagens.

Além de explorar o mapa e lutar, o jogador precisará controlar recursos: ouro e recrutamento, fundamentais para ampliar e melhorar suas tropas, conquistados tanto com vitórias quanto com quests paralelas e principais encontradas pelo caminho.

Vale dizer que o jogo também está belíssimo. Nada foi divulgado ainda sobre o game fora da batalha, mas nós vimos o gameplay em primeira mão. As cutscenes são como HQs animadas e todo o cenário é desenhado à mão. É de encher os olhos.

Segundo a CDPR, são cinco mapas para explorar e o mesmo tanto de diálogos e escolhas que Hearts of Stone, expansão de The Witcher 3. Também existem quebra-cabeças ambientas e outros desafios que o jogador terá que superar pelo caminho em troca de recompensas.

Além disso, as batalhas não serão tão diretas e equilibradas quanto no multiplayer. O jogador irá encontrar vilões com grande vantagem e muitas vezes terá um objetivo paralelo a cumprir além de simplesmente vencer.

Ainda sem data de lançamento, Thronebreaker deverá oferecer uma campanha de até 15 horas.

Novidades

Além disso a CDPR não perdeu a oportunidade para fazer mistério: ainda este ano o modo multiplayer deve receber algumas novidades como dois novos líderes, um novo modo de jogo e, especialmente, uma nova facção.

Infelizmente o jogo ainda não tem previsão para ganhar versões para smartphones e tablets. Segundo os representantes da CDPR, a vontade existe deste sempre, mas ainda não é uma prioridade na agenda cheia do estúdio.

*O repórter viajou à convite da Team One E-Sports.