Investigadores estão usando IA para descobrir quem traiu Anne Frank

Se você acha que a História perdoa, você está muito enganado. A empresa de dados Xomnia, de Amsterdã, se aliou à polícia local e à uma equipe de investigadores para tentar descobrir quem denunciou Anne Frank.

A menina judia se tornou famosa mundialmente pelo livro O Diário de Anne Frank. Durante a Segunda Guerra Mundial, a garota e sua família se esconderam em um apertado sótão em Amsterdã onde passaram dois anos escondidos da Gestapo.

Eles só foram capturados em 1944 após serem traídos por algum dos vizinhos. Pouco depois, Anne foi morta em um campo de concentração nazista aos 15 anos de idade.

Agora, 72 anos depois, a Xomnia criou um algoritmo especial para ajudar nas investigações que poderão dar nome e rosto ao culpado. O programa vai levar em contra centenas de documentos detalhados da época e cruzar dados de toda a papelada oficial nazista assim como arquivos secretos como listas de informantes e simpatizantes do regime.

À Reuters, o investigador Vincent Pankoke do projeto disse que essa tecnologia terá aplicações práticas no futuro da investigação policial: “No futuro o sistema será mais inteligente e poderá ligar de forma automática pessoas, eventos, datas e lugares”.

De lá pra cá, várias teorias surgiram e duas investigações policiais oficiais foram conduzidas, uma em 1948 e outra em 1963. Apenas um suspeito chegou a ser detido e depois liberado por falta de provas. O objetivo, agora, é desvendar o caso até 4 de agosto de 2019, aniversário de 75 anos da prisão dos Frank.