A LG vinha de alguns movimentos bastante ousados nos últimos anos para tentar chamar a atenção do mercado premium de smartphones. Entre eles, havia modelos de duas telas e até em formato de “T”. Na última edição da CES, a empresa mostrou um conceito de smartphone retrátil, com uma tela que poderia ser enrolada. Aparentemente, não veremos este aparelho no mercado.
LG deixa de produzir smartphones após 23 trimestres de prejuízos
Depois de muitos rumores nos últimos meses, a LG confirmou o fim de sua divisão…
Depois de muitos rumores nos últimos meses, a LG confirmou o fim de sua divisão de smartphones. O negócio vinha sofrendo com prejuízos há 23 trimestres consecutivos. O prejuízo foi de US$ 4,1 bilhões nos últimos seis anos.
Em nota enviada à imprensa na noite desse domingo (4), a LG Electronics do Brasil diz:
[olho author=””]Depois de avaliar todas as possibilidades para o futuro do nosso negócio de celulares, o Headquarter Global decidiu por fechar esta divisão a fim de fortalecer sua competitividade futura por meio de seleção e foco estratégico.[/olho]
Segundo informações do jornal Nikkei Asia, o conselho de diretores, composto por sete membros, aprovou a sugestão da empresa de encerrar a unidade de comunicações móveis. Espera-se que agora a companhia se volte para setores mais lucrativos, como aparelhos domésticos e TVs.
Como lembra a publicação, a decisão de encerrar o setor era, de certa forma, esperada, já que tentativas de vender a divisão não deram certo — entre os potenciais compradores, estavam o Vingroup, do Vietnã, e o fundo soberano da Rússia.
Além dos prejuízos de longa data, outro fator mencionado pelo jornal é a competição por chips — enquanto a Samsung produz este e outros componentes, a LG depende de fornecedores externos e precisava enfrentar a concorrência de fabricantes chinesas para obter esses recursos. O jornal também lembra que a LG não conseguiu acompanhar as mudanças no setor nas últimas décadas. De terceira maior fabricante de celulares no começo dos anos 2000, ela caiu para menos de 2% de participação no mercado global em 2020.
Nos últimos meses, a LG passou a falar abertamente sobre o destino de sua divisão de celulares. Em dezembro, surgiu a notícia de que os aparelhos de entrada e intermediários da empresa seriam terceirizados para uma ODM chinesa, responsável por desenvolver os produtos que levariam a marca coreana. Já em fevereiro, ela colocou sua fábrica brasileira, em Taubaté (SP), à venda. Até agora, o futuro da instalação é incerto.