Monster Hunter World: à vontade no PS4
Demonstração do multiplayer botou muita gente pra caçar junto na BGS
A franquia Monster Hunter, após anos habitando apenas os consoles da Nintendo, finalmente vai ganhar um título exclusivo para o PS4: Monster Hunter World com gráficos de ponta e suporte multiplayer.
Mas quem resolveu testar o jogo passou por um pouco de impaciência.
Para tentar conter as filas gigantes nos dias mais lotados da Brasil Game Show (BGS), em São Paulo, a PlayStation teve uma ideia muito boa na teoria, mas que rendeu alguns problemas na prática: era preciso reservar um horário para jogar o game. Sendo assim, nada de fila, só chegar na hora e testar.
A tática foi usada em vários dos jogos mais concorridos do stand, o problema é que: ninguém estava sabendo. O resultado é que muita gente esperava um bom tempo na fila apenas pra saber que não tinha vagas e que ia ter que tentar a sorte mais cedo.
Outro problema é que tentar reservar uma das limitadíssimas 4 vagas por rodada é uma missão quase impossível em um evento que deve, em seus 5 dias, bater os 300 mil visitantes.
Nós, inclusive, só ficamos sabendo do agendamento na hora, mas como chegamos cedo, fomos colocados em uma “fila reserva”: era cedo e muitos dos agendados não apareciam, dando chance para quem chegou na hora e esperou, mesmo sem estar agendado.
Mesmo assim, foi uma boa hora e meia de espera conferindo em primeira mão um ou outro bate-boca entre fãs desinformados e impacientes com os sobrecarregados representantes da Sony correndo de um lado pro outro no stand lotado. De qualquer forma, lições aprendidas para o ano que vem.
Já a demonstração em si, de certa forma, não valeu a espera. Monster Hunter World é um jogo incrível, complexo, cheio de mecânicas que podem levar horas para dominar. Por isso, jogar quatro jogadores para fazer uma caçada unida em míseros 10 minutos não serve nem para ter uma ideia de qual é a experiência do jogo.
A build era estável, embora limitada e por ser muito curta, o resultado foram quatro carras correndo atrás de um mostro e batendo nele da forma como podiam até ele cair. Não foi, nem de longe, o que deveria ser. Deu pra sentir um gostinho? Sim, mas apenas do potencial que o jogo pode ter quando jogado certo.
Com apenas 10 minutos e quatro pessoas que não conhecem os controles, não há tempo para armadinhas, estratégia, buffs ou o que for. Mas o potencial está todo lá. Seria sim muito interessante se uma demo saísse na PSN.
De qualquer forma, o jogo funcionou bem no PS4 e parece ainda mais à vontade nele do que na Big N. Apenas a experiência limitada de testá-lo em um stand cheio com fãs com nervos à flor da pele que não ajudou.
*O repórter viajou à convite da Team One E-Sports.