Relacionamento interpessoal: o quanto você se importa com as pessoas?
Nos dias atuais você se preocupa em trabalhar competências ligadas ao relacionamento interpessoal? Sabe como…
Nos dias atuais você se preocupa em trabalhar competências ligadas ao relacionamento interpessoal? Sabe como valorizar essa área pode agregar valor à sua comunicação?
A todo momento somos impactados por milhares de estímulos, informações, anúncios, memes, vídeos engraçados e uma infinidade de dados que não conseguimos absorver. Perguntas que sempre intrigaram os cientistas são: cérebro humano tem um limite para armazenar informações e o que faz com que uma memória seja mais importante que outra?
Não há um consenso, mas sabe-se que a capacidade de armazenamento cerebral humano é muito grande. E, curiosamente, acredita-se que exploramos pouco tanto espaço. Por outro lado, o excesso de informação no dia a dia deixa-nos cada vez mais exauridos mentalmente, como se o processamento do nosso HD estivesse lento.
Diante desse cenário, resta-nos encontrar formas e atalhos para memorizar aquilo que de fato é importante. Em sala de aula, desenvolvi uma capacidade de aprender o nome dos alunos. Essa habilidade provoca uma curiosidade entre as turmas que estudam comigo. Muitas pessoas querem saber a receita mágia ou a fórmula secreta. Isso porque, na nossa realidade, sequer lembramos do cardápio do almoço de hoje.
Muitos alunos de áreas comerciais confidenciam que se esquecem com facilidade do nome dos clientes. E reconhecem que a habilidade de chamar as pessoas pelo nome poderia agregar muito valor ao relacionamento na hora de vender.
Chamar as pessoas pelo nome é mesmo importante?
Dale Carnegie, no livro Como fazer amigos e influenciar pessoas, um clássico da area de comunicação e relacionamento interpessoal, afirma no Princípio 3:
“Lembre-se de que o nome de um homem é para ele o som mais doce e importante que existe em qualquer idioma.”
O autor explica que uma das formas de ganhar o interesse das pessoas começa com a vontade de usar essa técnica simples, porém muito eficaz:
“Devemos atentar para a mágica que existe num nome e compreender que este singular elemento pertence exclusivamente à pessoa com quem estamos lidando…e a ninguém mais. O nome destaca a singularidade do indivíduo, tornando-o único entre a multidão. A informação que comunicamos e a solicitação que fazemos em determinada situação, assumem uma importância especial quando mantemos vivo em nossa mente o nome do indivíduo. Da garçonete ao diretor, o nome exercerá um efeito mágico enquanto lidamos com as pessoas.”
Nosso cérebro pode ser treinado para se lembrar
A área do nosso cérebro relacionada à memória é chamada de hipocampo, estrutura que faz parte do sistema límbico, localizado no lobo temporal, comumente associado às emoções. Essa é parte mais afetada quando uma pessoa tem a doença de Alzheimer.
Nos últimos anos, muito se tem dito sobre a flexibilidade do nosso cérebro, o que aponta para a nossa enorme capacidade de aprender coisas novas. No caso da memorização de nomes, associo o nome e o rosto das pessoas a imagens, outras pessoas conhecidas com o mesmo nome, ao lugar que se sentam, a histórias que me contam.
Para fazer isso, tenho alguns métodos muito simples, porém eficazes. Enquanto palestrante e professora, tento cultivar um interesse genuíno pelas pessoas para quem eu vou falar. Procuro chegar sempre antes aos locais de aulas e palestras para ter tempo de conversar, ouvir relatos, saber o que as pessoas fazem, do que gostam.
Assim consigo, produzir memórias por associação. A técnica usada por campeões de memorização consiste basicamente em associar, por exemplo, sequências numéricas a imagens de pessoas, lugares, dentro de um lugar familiar formando uma história. Quanto mais envolver as emoções ou imagens exageradas, mais fácil será se lembrar de uma informação.
Vários exercícios de memorização provocam duas realidades: gravar uma sequência de palavras aleatórias e, a partir da mesma lista, criar uma história. Na grande maioria das vezes, é mais fácil lembrar das palavras quando as associamos a uma narrativa dentro de um contexto.
Quando desejo recordar o nome de um aluno, por exemplo, dedico-me ao máximo na tarefa de memorizar e foco atenção suficiente para dizer ao meu cérebro que aquela informação é importante. Busco a atitude e o comportamento necessários para recordar. E, para isso, crio as associações que mencionei.
No fim das contas, por mais que existam técnicas de memorização, o importante é o interesse genuíno pelas pessoas com quem nos relacionamos na vida e no trabalho.
Experimente ouvir mais, perguntar para compreender, compartilhar interesses comuns, ser empático e generoso com cada um que passa por seu caminho. O resultado certamente é que você passará a cultivar pessoas que admiram seu jeito de ser e a sua maneira de se comunicar. Experimente!