Bem, isso é chato: a empresa sul-coreana Samsung já perdeu em suas ações um valor superior a US$ 26 bilhões. Segundo a Quartz, o valor de mercado da empresa está despencando desde sexta (9/9), caindo quase 7 pontos de lá até segunda-feira (11).
Suas ações no momento estão custando apenas US$ 1.300, seu valor mais baixo em quase um ano. O impacto do recall de 2.5 milhões de aparelhos Galaxy Note 7 foi imenso, inclusive na própria empresa: o diretor da Samsung abandonou o cargo que será assumido por seu filho e vice-presidente Jay Lee.
Mas não é só isso. Desde o anúncio do recall, vários veículos de imprensa estão garimpando seus arquivos em busca de casos de super-aquecimento do Galaxy Note 7. E o pior: estão encontrando.
Segundo o The Verge, cerca de 70 aparelhos explodiram só nos EUA. Isso é o dobro do número revelado na nota de recall da própria Samsung, que disse ter convocado o recall após confirmar 35 casos de super-aquecimento.
A informação dos 70 aparelhos nos EUA veio da instituição Health Canada, que está ajudando a Samsung a fazer o recall na América do Norte. Ou seja, o número dobrado veio de fontes oficiais do governo canadense.
Alguns destes casos explosivos até foram parar nos noticiários dos EUA: um homem na Flórida disse que seu jipe pegou fogo após o celular super-aquecer e um garoto do Brooklyn de seis anos teve queimaduras após um aparelho explodir nas suas mãos.
Embora 70 casos não seja muito, uma pequena comoção já está em andamento. A Consumer Product Safety Commission dos EUA inclusive já divulgou nota pedindo aos consumidores para não usarem mais os aparelhos e atenderem ao recall.