Segundo pesquisa canadense, um em quatro adolescentes já trocou “nudes”
Dos mais de 110 mil participantes, 25% afirmou já ter recebido uma foto íntima; 15% admitiu ter enviado
Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de Calgary, no Canadá, trocar fotos íntimas tem se tornado uma atividade mais comum entre adolescentes nos últimos anos. Pelos números da pesquisa, um em cada quatro adolescentes já recebeu ou enviou uma foto pessoal de cunho sexual.
A pesquisa analisou dados sobre a prática de 1990 a 2016 e entrevistou mais de 110 mil pessoas. Deles, 25% afirmou já ter recebido uma foto íntima e 15% admitiu já ter enviado uma foto íntima. Mas o dado mais preocupante é que 13% admitiram já ter passado uma foto íntima que receberam adiante sem o conhecimento ou permissão do remetente original.
A pesquisa concluiu que parte deste comportamento vem da confiança de muitos dos entrevistados de que seus pares não passariam as fotos adiante, além de um desconhecimento geral da vulnerabilidade dos mensageiros eletrônicos que podem facilmente ser hackeados.
Os adolescentes também não pensam no fator humano e no de permanência das fotos: uma vez na rede, elas podem ser compartilhadas e copiadas inúmeras vezes, fugindo completamente do controle.
Por fim, os pesquisadores encontraram um dado inesperado: embora o smartphone seja uma plataforma muito usada para tirar e enviar “nudes”, os cientistas descobriram que o aparelho mais usados por adolescentes foram as webcams. O motivo é que muitas vezes as imagens e vídeos acabam sendo enviadas em tempo real, durante conversas, usando plataformas mensageiras.
A recomendação dos estudiosos é que os pais tenham uma conversa franca com os filhos sobre os grandes riscos e consequências de se expor desta forma online.