Smart Cities: como a inovação tecnológica colabora com o setor imobiliário
Telhados fotovoltaicos, iluminação…
Telhados fotovoltaicos, iluminação automatizada, aparelhos que lêem a pressão dos moradores sem que sequer precisem estar acordados ou sair de casa. As Smart Cities parecem um tipo de tecnologia tirada de seriados de tv, porém, já são completamente possíveis, principalmente dentro do mercado imobiliário. Continue lendo este artigo e saiba como as Cidades Inteligentes colaboram com o setor imobiliário no Brasil e no Mundo.
Tecnologia como extensão do homem
Os smartphones definitivamente já se tornaram uma extensão do corpo humano e proporcionam soluções que automatizam as cidades. É possível controlar quase todos os itens de casa ou negócio por dispositivos eletrônicos: fechadura, portão, iluminação, eletrodoméstico. Hoje em dia, até mesmo a escolha de um imóvel pode ser feita através da conexão com a internet, por meio de aplicativos inteligentes.
A construção e desenvolvimentos das cidades inteligentes responde diretamente às exigência dos cidadãos do século XXI. Assim, o novo ambiente constrói novas demandas de atendimento para o setor imobiliário, que precisa estar bem preparado, a fim de oferecer empreendimentos que transformem a experiência para compra e venda de espaços, seja para moradia ou comércio.
Atualmente, o mercado imobiliário já utiliza tecnologias inovadoras como impressoras 3D, que constroem maquetes e casas utilizando menos recursos, marketing digital, redes sociais e aplicativos para contato com os consumidores. A Big Data, elemento que promove a coleta de preferências na internet, auxilia os escritórios a gerarem os melhores conteúdos online para quem está procurando algum imóvel. Criptomoedas também é uma tendência de pagamentos de transações num futuro não tão distante.
Neste contexto, as Cidades Inteligentes compõem um conjunto de facilidades tecnológicas que transformam o cotidiano das pessoas. Por isso, o mercado imobiliário é parte essencial. Falando de Brasil, o conceito já vem sendo aplicado em diversas cidades. A prova disso foi o levantamento “Ranking Connected Smart Cities”, realizado pela consultoria Urban Systems, em 2019, que analisou, entre outros pontos desenvolvimento e conexão no Brasil.
Em primeiro lugar, Campinas, em São Paulo, e a capital paulista veio logo em seguida. Curitiba (PR), Brasília (DF), São Caetano do Sul (SP). Santos (SP), Florianópolis (SC), Vitória (ES), Blumenau (SC), Jundiaí (SP), completam a dezena do pódio, respectivamente.
Ecossistema eficiente
O que facilita a criação de um município ou cidade inteligente é o ecossistema. Para que uma cidade seja inteligente é preciso reunir elementos econômicos e estratégicos que funcionem com inovação criatividade. Uma seleção de ambientes que forneçam desenvolvimento dos ecossistemas básicos como: educação, saneamento, saúde, mobilidade, segurança, defesa civil e sustentabilidade. As empresas também devem ser parte ativa deste processo e contribuir com a transformação das cidades e municípios, principalmente no que tange fornecimento de tecnologias, infraestrutura e serviços, assim como já acontece em outros países.
Nesse sentido, mesmo que haja indicadores positivos, o Brasil ainda patina no quesito burocracia e carência de iniciativas públicas, além da falta de espaço para iniciativas privadas para que o modelo seja efetivado e a integração tecnológica aconteça. Uma das soluções para este impasse é um ecossistema de inovação e colaboração com todos os atores, a fim de proporcionar o desenvolvimento, comércio e diferentes usos das soluções inovadoras.
Simples modificações no ecossistema social, como mobilidade urbana e oferta de imóveis sustentáveis, podem facilitar este processo. No final das contas, a intenção é só uma: promover benefícios aos cidadãos. A sociedade também precisa se engajar nesses processos. É preciso criar uma ponte indestrutível, pois sem isso, não é possível criar ecossistemas eficientes para a implantação de cidades inteligentes.
Smart World
O modelo já é aplicado com efetividade em muitas cidades no mundo e funciona bem. Porém, não é somente tecnologia e sustentabilidade que fazem as cidades serem consideradas inteligentes. Além dos fatores citados anteriormente, capital humano, governança, planejamento e mobilidade são alguns dos aspectos que contribuem para a efetiva aplicação do conceito. As cidades inteligentes servem para resolver e gerar praticidade aos cidadãos. Os modelos de sucesso internacional, em sua maioria, têm como base a educação.
O indicador IESE Cities in Motion Index, promovido todos os anos pelo instituto Iese, analisou 184 cidades ao redor do mundo em 2019 no quesito smart cities. As 10 primeiras do ano passado foram: Londres (Inglaterra), Nova York (EUA), Amsterdã (Holanda), Paris (França), Reykjavik (Islândia), Tókio (Japão), Cingapura, Copenhague (Dinamarca), Berlin (Alemanha) e Viena (Austria).