O Brasil é detentor do 3º maior mercado gamer do mundo, e líder em número de jogadores na América Latina. Segundo uma pesquisa da Newzoo, já são 79,8 milhões de gamers no Brasil – e esse número cresce a cada ano.
A Intel, que também vê o mercado de gamers como um dos principais, elaborou uma pesquisa para traçar o perfil desses jogadores. Feita com 500 homens e mulheres, de 16 a 64 anos, e que costumam jogar ao menos oito horas por semana, a pesquisa constatou de imediato que essas pessoas jogam para relaxar, se divertir com amigos e conhecer pessoas novas.
“O motivo das pessoas comprarem PC, no fundo, é diversão. O que elas querem é se divertir”, diz o diretor de marketing da Intel, Carlos Buarque. “E querem se divertir melhor e mais barato”.
Apesar da informação não ser uma novidade, é daí que sai o planejamento de diversos jogos. A pesquisa ainda identificou que os smartphones são usados por 82% dos gamers, praticamente o dobro da porcentagem de jogadores via consoles: 44%.
“Há celulares desenvolvidos pensados no público gamer”, comprova Buarque. E, preferencialmente, para o público gamer feminino, que superou o masculino em 2016 e se mantém até então.
No entanto, perderam popularidade os notebooks: de 71%, agora são 60% dos jogadores. Nos PCs, o número se manteve: 69%; em contrapartida, o número de vendas de PCs exclusivamente focados em games cresceu 40% em 2017 no mundo – no Brasil a estatística só não é maior pelo alto valor das máquinas.
“O Brasil deve ser o país em que mais temos [a Intel] o selo extreme master, um selo que identifica máquinas legais para jogar”, diz Buarque. Atualmente, máquinas da Awell, a 2 A.M. e Rawar tem esse selo. “São máquinas que tem processador recente, placa de vídeo boa e uma configuração legal de memória para um bom desempenho.”
Buarque conta que o primeiro item olhado pelos brasileiros antes de comprar um computador é o seu custo-benefício, seguido da vida útil, mesmo que o aparelho não tenha todos os itens de interesse do comprador. Para ele, mais vale comprar complementos posteriormente à compra do computador, para “incrementar” a máquina. Segundo a pesquisa, cerca de 48% dos gamers montam seus próprios desktops para jogar, a maioria sozinhos ou com a ajuda de amigos.
“Normalmente, o gamer prioriza na compra do computador os componentes mais difíceis de trocar depois, como a placa mãe e o processador, seguidos da placa de vídeo, e acaba deixando o HD, storage e memória para trocar depois, que não são tão caros”, diz Buarque. “O investimento é feito por fases.”
Além da própria máquina, 85% dos entrevistados compram acessórios extras para melhorar a experiência do jogo, como teclado gamer, mouse e joystick – os itens mas buscados. “Existe um mercado grande para esses acessórios”, diz Carlos.
O tipo de jogo também ajuda a Intel a pensar nos processadores e na memória. Dentre os principais jogos estão Fifa (jogado por cerca de 30% dos entrevistados), Minecraft, Call of Duty, Mortal Kombat, GTA e League of Legends.
No segundo semestre de 2019, além de investir no desenvolvimento de memórias, SSDs e placas de vídeo, a Intel se prepara para lançar também novos processadores.