SuperON: aplicativo goiano de supermercado leva facilidade até a sua casa

É uma odisseia conhecida. Depois de passar o dia inteiro no trabalho e pegar trânsito, ainda é preciso ir ao supermercado para comprar o que está faltando; procurar vaga; estacionar; pegar o carrinho; andar pelo mercado todo; pegar fila; tirar as compras do carrinho; pagar; botar as compras no carrinho; pagar o estacionamento; botar as compras no carro; tirar as compras do carro; guardar as compras.

Ufa! Quando se vê, uma preciosa hora, talvez muito mais, se passou apenas para se pegar o básico no caminho pra casa. A ideia por trás do aplicativo SuperON é transformar uma jornada épica de duas horas em cômodos dois minutos. Pelo celular, o usuário pode fazer todas as suas compras, incluindo padaria, açougue e hortifruti sem nem precisar sair do sofá.

Pelo aplicativo, é possível selecionar o que você quer e trocar mensagens com o supermercado especificando os pedidos ao seu gosto (por exemplo, pedindo a carne mais magra ou moída). Até pagar é pelo celular, sem precisar que o supermercado envie a maquininha. Poupar tempo é a palavra chave por trás do programa, idealizado pelos empresários goianos Rafael Martins e seu sócio Diego Santiago, que atua na área jurídica e comercial.

“A experiência de compra é completa. É como ir ao mercado, só que no meio digital e com a comodidade de que os produtos serão entregues onde você estiver”, conta Martins. Até o pagamento é pelo app: “somos certificados e autorizados a realizar transações eletrônica financeiras  de acordo com as normas exigidas pelas instituições financeiras”, destaca.

Ele conta que conduziu pesquisas e que sentiu um respaldo grande: “A maior parte das pessoas entre 25 e 50 anos que trabalham tiveram como principal reclamação a falta de tempo. Essa é a facilidade que queremos oferecer para os nossos clientes, porque supermercado é uma coisa que todo mundo tem que fazer”.

Já disponível para download para iOS e Android, o SuperON tem parceria com cinco mercados e atende toda a região metropolitana de Goiânia, incluindo Aparecida de Goiânia. Com uma interface simples, ele funciona da seguinte forma: o usuário entra seu endereço. A partir dele, o aplicativo localiza quais parceiros atendem aquela região. Depois, basta escolher um dos supermercados disponíveis e fazer suas compras. Segundo Martins, em suas pesquisas, uma compra de R$ 50 no supermercado pode levar de 45 minutos a 1 hora, enquanto a mesma compra pode ser feita em menos de cinco minutos pelo celular.

Todo supermercado parceiro vai trazer especificado qual sua taxa de entrega, se tiver, qual o pedido mínimo e, mais importante, trará uma avaliação de até 5 estrelas para que o usuário saiba o que os outros usuários pensam daquele estabelecimento. “Mais de um supermercado pode atender a mesma região, dando poder de escolha para o usuário, que pode comparar os preços. Essa seleção de parceiros é muito criteriosa. Levamos em consideração a qualidade do atendimento e dos produtos”, garante Martins.

O projeto do SuperON começou há mais ou menos um ano como um projeto de start-up do próprio Rafael. Ele passou 12 anos trabalhando como executivo de uma multinacional de softwares de varejo e deixou esta posição para investir nessa ideia. Segundo ele, o SuperON surgiu em sua cabeça a partir da sua própria experiência e rotina, igual a de muitos brasileiros. “Eu tinha um problema muito sério que era sair do trabalho após uma jornada de 10 horas diárias e ainda tinha que passar no supermercado pra comprar alguma coisa. Ali eu vi a necessidade: pô, se eu tivesse uma ferramenta que pudesse encomendar para que esse produto chegasse em casa comigo, ajudaria bastante”.

A ideia ganhou corpo ao perceber que muitos colegas tinham a mesma reclamação: “É uma perda de tempo tremenda. Eu podia utilizar este tempo para estar com minha família ou meus amigos. Ganhar tempo. Esse é o tipo de benefício que apresentamos”, explica. Ainda este ano, ele já faz planos para também trazer um serviço similar para farmácias, sem que o usuário tenha que usar o tele-entrega ou ter que ir até a drogaria. “A nossa visão é: o que a gente pode fazer pra dar tempo para o usuário. Para que ele tenha tempo de fazer o que ele realmente quer”, finaliza.

Ao gosto do freguês

O aplicativo levou em consideração que quando alguém vai comprar frutas, verduras, pão e carne, as pessoas têm seus gostos: “A gente abriu um canal de comunicação com o supermercado para que a pessoa possa comprar hortifruti do jeito que ela escolheria, carne do jeito que ela escolheria. Assim ele pode negociar direto e especificar o seu pedido”, explica. Da mesma forma, se o supermercado tiver alguma dúvida, pode usar o mesmo canal para entrar em contato com o usuário.

Pelo aplicativo, além de ser a própria plataforma de pagamento, o usuário pode acompanhar o seu pedido e se comunicar, só pagando após os produtos estarem separados e prontos para a entrega. Outro ponto é que após várias compras, o aplicativo aprende com o hábito do comprador e cria um perfil do usuário: “Então se eu entro toda semana pra comprar determinados produtos, o aplicativo aprende meu comportamento de compra e começa a mostrar aquelas mercadorias. Se eu tiver que comprar fraldas para o meu filho e carne toda semana, quando eu abrir o aplicativo estes dois produtos vão aparecer juntos, agilizando a compra. Se eu fosse comprar no supermercado, teria que andar de uma ponta a outra da loja”.

Martins conta que já faz planos de expansão para facilitar a vida dos clientes. Um deles é incluir farmácia no SuperON: “Na nossa pesquisa, a segunda maior reclamação foi essa. As pessoas que estão doentes não querem sair de casa pra buscar remédio. Às vezes elas precisam ir até a farmácia comprar algum item urgente e ficam constrangidas. Com o aplicativo você remove tudo isso”.

Segundo ele, a recepção dos supermercados têm sido boa: “Eles têm percebido que nossos usuários são pessoas que estão deixando de ir no supermercado e querem estar à frente para oferecerem seus produtos para estas pessoas”. Já a escolha por investir 100% na plataforma móvel veio também da percepção dos clientes: “Hoje as pessoas passam muito mais tempo com o celular do que com o computador”, explica. É muito mais fácil abrir o smartphone que está com elas o tempo todo do que se sentar para acessar um website.

Agora, ele já faz planos de expansão para Anápolis e também está de olho para expandir para Brasília e São Paulo.