T81: vá de carro, moto ou de táxi
Novo aplicativo de transportes brasileiro acaba de chegar à Goiânia para competir com o Uber
Enquanto a polêmica quanto à regulamentação do Uber, serviço particular de transporte de passageiros através de aplicativo, continua rugindo de maneira tempestuosa com direito a quebra-quebra e pontapés ocasionais e os nervos da rivalidade com os taxistas à flor da pele, chega à Goiânia uma plataforma que promove a união das duas coisas: vá de carro particular ou vá de táxi.
Esse é um dos diferenciais do T81, que não é rua de Goiânia, mas sim um aplicativo de transporte que une em um lugar só motoboys, mototáxis, táxis, carros particulares e carros particulares de luxo.
Recente, o programa foi lançado em Recife (PE) em março deste ano. De lá pra cá, Goiânia será a sexta cidade a recebê-lo depois de Fortaleza, Joinville, São Paulo e Rio de Janeiro. Seu objetivo é ser competitivo com o Uber em termos de preço e serviço e de englobar os taxistas nas novas plataformas de transporte individual.
As tarifas não são dinâmicas e podem ser pagas com dinheiro ou cartão de crédito. “A Uber é uma empresa que chegou em meio à crise no país e que gerou uma sensação de solução de problema pra muita gente. Especialmente pra quem tava sem emprego que encontrou uma forma de trabalhar com este negócio. Porém, eles possuem um modelo de negócios que tem uma tarifa muito baixa e ainda cobra uma comissão de 25% do motorista. A médio prazo, é natural que haja uma insatisfação por parte dos parceiros. O valor do quilômetro é R$ 1,20 menos 25%, sobra 90 centavos por quilômetro”, conta o co-fundador Guilherme Parreira.
Ele ressalta o conflito com os táxis e quais as vantagens da T81: “ficou muito inviável para os táxis competirem e muitos estão abandonando as praças. A T81 trouxe dois diferenciais focados no parceiro. Não cobramos comissão das viagens em dinheiro e quando a viagem é paga em cartão de crédito, cobramos 10%; 7% vai pra operadora e apenas 3% pra empresa. Como o parceiro ganha mais, isso reflete no atendimento do serviço”.
E ele garante que a T81 oferece a mesma qualidade: balas e água para os passageiros, inclusive quando rodarem de táxi, e touca higiênica para quem usar mototáxi. “Muitos motoristas do Uber não dão mais bala e água porque isso é despesa pra eles e reflete no serviço”, disse.
Parreira explicou como bolaram uma forma de incluir os taxistas no aplicativo: “Uma coisa que nós fizemos é que você pode chamar carro particular, carro de luxo, moto, para transportar pessoas ou fazer entrega, e você também pode chamar um taxista. Ele então irá rodar com o taxímetro desligado e com o valor do nosso carro particular. Temos uma proposta de dar aos taxistas a condição de competir com este mercado”.
E será que eles gostaram? Segundo Parreira, sim. O empresário garante que o aplicativo possui grande adesão, tanto por parte de motoristas particulares quanto taxistas e disse que o grande interesse por parte dos taxistas foi um dos principais motivadores para lançar o sistema em Goiânia: “recebemos uma procura muito grande por parte dos taxistas daqui porque eles sabem dessa vantagem da nossa plataforma. Além disso, Goiânia é um mercado muito promissor pra gente”.
Sobre a polêmica da regulamentação, proibição, enfim, Parreira disse que a postura da empresa não é ficar quieta nem neutra: é ir à luta. “Em São Paulo, primeira cidade que regulamentou, já nos adequamos a todas as condições, estamos apenas aguardando o decreto. Mas prestamos o serviço independentemente da regulamentação. Se é bom pra cidade, para o cidadão, vai ser regulamentado”.
Ele conta que a empresa também sempre compra a briga dos parceiros: “Além de entrar nessa confusão, nós também vamos entrar em outra, que é um projeto de lei que proíbe o taxista de abaixar a sua tarifa, o que é um absurdo, porque impede o taxista de competir com os carros particulares”.
E se apreender e guinchar, igual aconteceu recentemente em Goiânia com alguns motoristas Uber? “Se proibir, a gente faz do mesmo jeito. Já aconteceu de apreenderem um carro e a gente foi lá no Detran, liberamos o veículo e pagamos a multa e enquanto a gente resolvia isso, ainda passamos um carro de aluguel para o parceiro poder continuar rodando e ainda damos suporte jurídico para que os pontos na carteira não o prejudiquem profissionalmente”.
Se você se interessou, não deixe de aproveitar o lançamento da plataforma em Goiânia porque vai ter promoção: “No dia 30 vamos disponibilizar 5 mil viagens gratuitas para que os goianienses possam usufruir e experimentar o serviço”.