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Youtubers mulheres que falam de Ciência sofrem mais assédio, segundo pesquisa

Estudo concluiu que comentários e discurso de ódio são constantes

Segundo um estudo promovido pelos australianos Inoka Amarasekara e Will Grant, mulheres que falam sobre Ciência no YouTube sofrem mais assédio e estão expostas a mais comportamentos de ódio de que youtubers homens falando sobre os mesmos assuntos.

A pesquisadora Amarasekara deu entrevista ao NYT em que disse que já havia sido concluído que youtubers mulheres sofrem assédio e estão expostas a comportamentos desagradáveis. O objetivo dessa vez era outro: ver se esse tipo de discurso de ódio afetava na comunicação científica pela rede social de vídeos.

Os pesquisadores analisaram mais de 20 mil comentários feitos em vídeos apresentados por mulheres. Cerca de 14% dos comentários eram críticas dirigidas às apresentadoras contra uma média de 6% quando vídeos sobre o mesmo conteúdo eram apresentados por homens.

Comentários sobre aparência também mostraram diferença: 4,5% em vídeos com mulheres contra 1,4% de comentários dirigidos a apresentadores homens.

Ao jornal a pesquisadora disse ter se sentido desapontada e que passou a entender porque muitas mulheres não querem usar o YouTube como plataforma de conteúdo.

Porém, a pesquisa também concluiu que as mulheres youtubers possuem mais inscritos, curtidas, comentários, visualizações e mesmo elogios que os canais de homens.